FAQ – Perguntas Comuns

Por tradição, a O.T.O. traça suas raízes espirituais até a fundação da Ordem dos Cavaleiros Templários em 1108. Contudo, isso não significa que haja qualquer tipo de ligação formal ou histórica entre as duas organizações, apenas simbólica. De acordo com Aleister Crowley, seus antecedentes imediatos foram as Ordens Rosacruzes do século XVIII. As conferências iniciais que levaram à formação da O.T.O. como uma organização moderna foram realizadas em 1895 na Europa. Essas conferências levaram ao lançamento de The Oriflamme, um jornal que mais tarde se tornaria o jornal oficial da O.T.O. em 1902. A Constituição da O.T.O. foi publicada em 1906, e seu Manifesto foi emitido pela primeira vez nos EUA em 1919.

Ainda que a Thelema já se fizesse presente no Brasil com indícios que remontam às primeiras décadas do Séc. XX com a presença de pessoas ligadas a essa forma de pensamento e com o uso de alguns princípios thelêmicos pela Fraternitas Rosacruciana Antiqua (FRA) em 1933, apenas através do trabalho de Marcelo Ramos Motta começou-se um trabalho organizado de Thelema em nosso país. Contudo ainda que Motta utilizasse o nome “Society Ordo Templi Orientis” para seu grupo, não havia nenhuma ligação, formal ou informal, entre este grupo e a Ordo Templi Orientis. Foi somente em 1995 que se realizaram as primeiras Iniciações no Brasil, sendo o primeiro Corpo Local, o Acampamento Sol no Sul, fundado no ano seguinte. Você pode ler esta história em detalhes na página “A O.T.O. no Brasil“.

Existe apenas uma Ordo Templi Orientis. Ao contrário de outras organizações iniciáticas, a O.T.O. não se divide em Ritos, Potências ou outras formas independentes ou semi-independentes entre si. Também não possui um conceito de “linhagens” independentes. A O.T.O. é uma organização única, legalizada, de características internacionais, com uma estrutura única e centralizada em seu Quartel General Internacional. Contudo, infelizmente, alguns grupos utilizam-se de forma espúria do nome “Ordo Templi Orientis”, acrescentando ou não sufixos ou prefixos, sem autorização ou legalidade (no Brasil, o nome “Ordo Templi Orientis” é registrado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual sob o protocolo 850200431733/2020).

A Ordo Templi Orientis é uma sociedade civil religiosa sem fins lucrativos legalmente registrada nos Estados Unidos. Contudo, seu governo é exercido de forma não centralizada pelo Quartel General Internacional, que não possui sede em país algum, sendo os membros deste Quartel General residentes em vários países ao redor do mundo. Fora isso, a Ordem divide-se em Seções Nacionais, cada uma em um país, sendo que nenhuma Seção Nacional (mesmo aquelas com condição de Grandes Lojas, como é o caso da Seção Nacional dos EUA) possui gerência sobre outra.

Aleister Crowley foi admitido na O.T.O. em 1910, e foi nomeado Grande Mestre Nacional X° para Grã-Bretanha e Irlanda em 1912, assumindo a liderança mundial como O.H.O. (“Outer Head of the Order” ou “Cabeça Externa da ordem”, título do líder maior da O.T.O.) em 1922 Ele revisou os rituais e a estrutura da Ordem, de acordo com a Lei de Thelema.

A M∴M∴M∴ (Mysteria Mystica Maxima), foi originalmente estabelecida como a seção britânica da O.T.O. sob Crowley como Grande Mestre Nacional. Conforme atualmente compreendido, M∴M∴M∴ representa o aspecto da O.T.O. que administra os graus iniciáticos da O.T.O. do 0° (Minerval) ao VII°.

A O.T.O. é uma corporação religiosa isenta de impostos sediada nos Estados Unidos, sem fins lucrativos e, portanto, têm seus registros legais públicos. Contudo, ela mantém os detalhes de seus rituais iniciáticos e documentos iniciáticos em segredo, e considera a identidade de seus membros como privada e confidencial. A política da O.T.O. exige que ela cumpra todas as leis aplicáveis das jurisdições nas quais opera.

A O.T.O. não é um culto; nenhuma exigência de crença é feita a qualquer membro, exceto o acordo de respeitar a Lei de Thelema. As taxas de filiação são nominais. A O.T.O. é oficialmente reconhecida pelo governo dos Estados Unidos como uma organização religiosa sem fins lucrativos. Qualquer pessoa interessada em nossas atividades é encorajada a passar um tempo conosco e ver que somos uma associação unida de seres humanos independentes, de pensamento livre e amorosos que compartilham um vínculo especial de iniciação na Lei de Thelema e se regozijam com a Criança na vinda do Novo Eon.

A O.T.O. não faz afirmações ou representações de ser Satânica ou anti-Cristã. Descobrimos que essas caracterizações não servem a nenhum propósito real para descrever o que somos, ou nossa visão para a humanidade. Em vez de ser anti-Cristã, somos de fato pró-Thelema: apoiamos os ideais Thelêmicos de liberdade de expressão religiosa e pessoal; emancipação da superstição e da opressão social; e o desenvolvimento de uma visão de mundo que apoia e encoraja a visão milenar da Irmandade Universal
da humanidade.

Como organização a Ordo Templi Orientis não assume qualquer forma de posicionamento partidário, seja de qualquer espectro político. Nossa posição política é totalmente apartidária e derivada apenas de de Thelema a partir do estabelecido no Liber Oz, de acordo com a interpretação pessoal de seus partícipes individuais. Desta forma, seus membros individuais são livres para proclamarem e seguirem qualquer forma de pensamento político sem interferência ou julgamento, de acordo com suas convicções individuais.

Segundo as palavras de Aleister Crowley, “somos infinitamente tolerantes, exceto aos intolerantes”. Seguindo este princípio e os declarados no Liber Oz, qualquer pessoa dentro de qualquer espaço da O.T.O. é reconhecida, aceita e respeitada por sua autodeclarada identidade de gênero e sua sexualidade. Não há impedimento algum para pessoas LGBTQA+ ou trans de participarem de eventos da O.T.O. ou se iniciarem.

A O.T.O. foi originalmente associada a certos ritos europeus da Maçonaria, mas há muito tempo se separou completamente da Maçonaria. Para mais informações, consulte nossas páginas de história e sistema iniciático. A filiação à O.T.O. não é incompatível com a filiação na maioria das organizações Maçônicas.

A O.T.O. não é uma organização Wicca ou Pagã. No entanto, a filiação à O.T.O. não é incompatível com a Wicca ou o Paganismo. Gerald Gardner, que é comumente creditado por estabelecer a Wicca moderna e cunhar esse termo, foi profundamente influenciado pelo trabalho de Crowley e foi um iniciado da O.T.O. Vários
membros da O.T.O. também se consideram Wiccanos.

A O.T.O. há muito tempo trabalha em estreita aliança com a A∴A∴, que primeiro proclamou a Lei de Thelema ao mundo. A A∴A∴ é um sistema de ensino, teste e iniciação dedicado ao avanço espiritual pessoal de seus membros individuais. Dentro da A∴A∴ todos os serviços são prestados gratuitamente, e nenhuma atividade social é realizada. A O.T.O. e A∴A∴ têm emitido conjuntamente o jornal The Equinox desde 1912 ev, agora em seu quarto volume. Embora sejam organizações distintamente separadas, nem incluindo nem subordinadas uma à outra, a O.T.O. historicamente auxiliou a A∴A∴ em questões práticas que estão fora da missão primária desta última, que é de natureza puramente espiritual.

Ainda que ambas tenham Thelema como conceito filosófico central, a Sociedade Alternativa é mais uma ideia de grupo social muito próximo aos ideais de sociedades anarquistas, enquanto a O.T.O. é uma sociedade iniciática thelêmica que opera através de magia cerimonial. Contudo, ambas trazem em si a ideia de uma sociedade onde cada pessoa possa desenvolver seu potencial em um ambiente de liberdade, autoconhecimento e irmandade.

Não, nem Raul Seixas e nem Paulo Coelho jamais foi membro iniciado da Ordo Templi Orientis. Esta confusão originou-se da ligação de ambos com Marcelo Ramos Motta, contudo, Motta, sem também nunca ter sido membro da Ordo Templi Orientis, buscou tomar para si a liderança da Ordem baseando-se em falsas premissas e sua ligação com o então líder da Ordem, Carl Germer. Não conseguindo, fundou para si uma versão espúria no Brasil, chamada “Society-OTO”, da qual Seixas e Coelho se aproximaram. Desconhecendo os rituais e métodos da O.T.O., Motta não tinha como reproduzi-los em sua organização, de forma que a S-OTO era mais baseada na Astrum Argentum (da qual Motta realmente fazia parte).

Não. A O.T.O. é uma organização religiosa e uma irmandade mágica que trabalha dentro do contexto mais amplo da filosofia espiritual conhecida como Thelema, que tecnicamente poderia ser considerada uma religião.

“Magia negra” é comumente concebida como um tipo de “feitiçaria” ou “diabolismo” destinado a causar dano a outros seres. As práticas espirituais da O.T.O. destinam-se a aprimorar a vida de seus iniciados, não a prejudicar ninguém. Ninguém é oficialmente instruído pela O.T.O. em maldições, feitiços ou qualquer outro tipo de magia
projetada para prejudicar outra pessoa.

Esta pergunta é respondida em detalhes em nosso Guia de Iniciação, disponível aqui neste site. Em resumo, a filiação iniciática requer uma cerimônia física, o que, por sua vez, significa que você deve encontrar e contatar um Corpo Local da O.T.O. perto de você para solicitar a iniciação. Aqui neste site você pode encontrar a relação de Corpos Locais na Seção Nacional Brasileira de forma que possa entrar em contato com os mesmos. Tenha em mente que não é necessário residir em uma cidade com um Corpo Local para se Iniciar, apenas se deslocar até o mesmo no dia da cerimônia.

Se você decidir buscar a filiação plena, como um Grau I° (sendo que o Grau de entrada na O.T.O. é o de Minerval, ou Grau 0º), você estará declarando que aceita o Livro da Lei como escrito, sem desejar alterá-lo. Mesmo no grau de Minerval, você estará assumindo um compromisso nos termos mais fortes para defender os ideais de liberdade estabelecidos no Livro da Lei. No entanto, como você interpreta o Livro da Lei e seu significado é em grande parte com você.

O principal propósito da O.T.O. dentro da Tríade do Homem da Terra é administrar os Mistérios (rituais de iniciação) e os ritos eclesiásticos da E.G.C., não ensinar ativamente qualquer sistema ou prática particular de Magick. No entanto, devidamente compreendidos, esses rituais oferecem uma instrução significativa em si mesmos, na forma de alegoria e simbolismo que é de valor prático e teórico para o estudante sério de Magick. A fim de ajudar os iniciados a descobrir e compreender algumas das lições de suas iniciações, muitos Corpos Locais emitem guias de autoestudo específicos para cada Grau, que são fornecidos aos membros em sua iniciação a cada Grau. Além disso, muitos Corpos Locais oferecem aulas introdutórias, seminários, workshops práticos e materiais instrucionais e de referência sobre uma variedade de sistemas e técnicas de magia, tradicionais e não tradicionais, bem como sobre tópicos relacionados como Cabala, Yoga, meditação, adivinhação, mitologia, simbolismo e religião comparada. Contudo, busque entender que a O.T.O. não é uma escola de magia; nos dias de hoje uma pessoa não precisa estar em uma organização iniciática para ter esse tipo de conhecimento. O principal foco de ensino dentro da O.T.O., especialmente dentro da Tríade do Homem da Terra é o aprendizado de Thelema através da experiência de sua vivência, mais do que da teoria.

A O.T.O. não impõe restrições às crenças dos membros, ou às suas afiliações com outras organizações que não tentem infringir os direitos e a operação da O.T.O. No entanto, espera-se que os membros de graus superiores evitem que sua participação em outros grupos limite indevidamente o tempo e a energia que podem dedicar às suas obrigações da O.T.O.

O apoio financeiro é necessário para manter uma grande organização multinacional, mesmo uma composta por voluntários. Nossos registros financeiros estão abertos aos membros. Além disso, estar em dia com as anuidades dá direito a participar de iniciações e outros eventos que são abertos apenas a membros em boa situação. Permite que você solicite a iniciação para o próximo grau, quando se sentir pronto para avançar. Dá a você a prerrogativa de patrocinar outros candidatos à iniciação, uma vez que você seja um Grau I° ou superior.

Conforme atualmente compreendido, a Ecclesia Gnostica Catholica (E.G.C.) representa o aspecto da O.T.O. que administra a Missa Gnóstica e rituais eclesiásticos associados. A E.G.C. foi incorporada à estrutura da O.T.O. em 1908. Crowley escreveu a Missa Gnóstica (Liber XV) para a E.G.C. e O.T.O. em 1913. A E.G.C. formalmente aceitou a Lei de Thelema em 1920, desvinculando-se totalmente do gnosticismo cristão de suas antecessoras e desenvolvendo o gnosticismo thelêmico.

A filiação à O.T.O. não é um pré-requisito para a participação na Missa Gnóstica, na maioria dos Corpos Locais. A Missa Gnóstica é geralmente referida como “o ritual central da O.T.O., tanto público quanto privado” e muitas vezes serve como um ponto de contato para aqueles interessados em saber mais sobre a Ordem e suas práticas. Alguns corpos locais preferem ter algum tipo de contato inicial antes de convidar novos indivíduos para participar da Missa Gnóstica. Também é geralmente esperado que aqueles que participam da Missa Gnóstica comunguem da eucaristia oferecida no final da cerimônia. Nós encorajamos aqueles interessados em participar da Missa
Gnóstica a se familiarizarem com o texto do ritual (Liber XV) antes de decidirem se devem comparecer.

Apesar do termo “Católico” estar presente no nome de ambas as organizações, não há relação alguma entre as mesmas. A ICAR é uma organização cristã com sua linha apostólica vinda de Simão Pedro, fundador da Igreja de Antióquia e seu primeiro Papa. Já a E.G.C. é originária das antigas igrejas gnósticas cristãs, mas tendo se separado do cristianismo em 1920 e assumido integralmente o gnosticismo thelêmico, possuindo uma linha apostólica própria, não ligada ao conceito tradicional de sucessão apostólica e sim estando ligada ao avanço dos Graus dentro da O.T.O. e considerando-se como tendo se iniciado com Aleister Crowley.

É impossível responder a esta pergunta em um único parágrafo ou de forma simples. Para tanto, sugerimos a leitura da página sobre Thelema neste site. Em resumo, Thelema é o sistema religioso-mágico-filosófico fundado quando Aleister Crowley recebeu o Livro da Lei em 1904. Seus princípios principais podem ser resumidos pelas frases breves “Faze o que tu queres será o todo da Lei” e “Amor é a lei, amor sob a vontade.”

O termo “thelemita” está sujeito a várias interpretações diferentes. O termo em si foi cunhado por François Rabelais em 1534 ev. Crowley usou o termo para se referir a alguém que “aceita a Lei” (ou seja, o Livro da Lei).

Não há um processo de conversão ou coisa parecida. Basta decidir que você é um thelemita, aceitando a Lei de Thelema de acordo com sua interpretação pessoal da mesma. Aceitar Liber AL como um ponto focal espiritual e mágico está implícito nesta ideia, no sentido de que seria paradoxal afirmar estar praticando Thelema sem essa aceitação. O que você faz além disso é inteiramente com você (“Faze o que tu queres será o todo da Lei.”). Não há exigência de se juntar a qualquer organização particular, de se associar (ou evitar) outros thelemitas, ou de seguir qualquer curso específico de estudo, meditação ou prática ritualística. Muitos thelemitas descobrem que a filiação a uma organização thelêmica se mostra útil para o avanço de seu próprio Trabalho. Existem inúmeras organizações desse tipo para escolher, sendo a O.T.O. talvez a maior e mais conhecida entre elas.

Este é o quebra-cabeça filosófico no cerne de Thelema e, como a maioria dos quebra-cabeças, resiste a uma solução fácil. Uma escola de pensamento considera “Faze o que tu queres” uma lei descritiva em vez de normativa, semelhante à distinção entre o limite da velocidade da luz imposto pela natureza física do Universo e um limite de velocidade de rodovia. Dado que você ter realizado um determinado ato indica que você tanto o intencionou quanto manifestou com sucesso essa intenção, é evidente que você se conformou às leis que regem tais ações; q.e.d. A outra escola argumenta que a Lei deve ser vista como um objetivo a ser alcançado, e que é muito possível agir contra sua (verdadeira) Vontade. Nesta visão, postula-se que se todos fizessem suas próprias Vontades e nada mais, não haveria conflito.

Aleister Crowley foi um explorador sistemático e científico de práticas, técnicas e doutrinas religiosas. Como tal, ele realizou exercícios devocionais a Satanás, bem como a Jesus Cristo e à Virgem Maria, a várias divindades dos panteões egípcio e hindu, a Jeová, bem como a Alá, e às personificações divinas que são únicas ao sistema de Thelema. Em um momento ou outro, Crowley foi um Ateu, um Politeísta, um Monoteísta e um Panteísta, um Satanista e um Cristão, um Iogue Hindu, um Cabalista Hebraico, um Místico Muçulmano, um Budista e um Pagão. Em 1904, ele se tornou o Profeta do Novo Éon e o fundador do movimento religioso, mágico e filosófico chamado Thelema, através de sua recepção de Liber AL vel Legis, o Livro da Lei.

Ouve-se comumente tanto “telêma” quanto “télema”, e outras variantes de vez em quando. O grego original é Θελημα. Esta palavra é pronunciada “theh-LEE-mah” no grego moderno, e provavelmente teria sido pronunciada “teh-LAY-mah” no grego antigo (ático) – então escolha

Thelema tem seu próprio calendário, usado em grande parte para fins formais e cerimoniais. Em comum com muitas religiões, para muitos propósitos práticos usamos o calendário Gregoriano em vez disso. Na prática cristã os anos após o nascimento tradicional de Cristo são identificados como “A.D.”, ou “Anno Domini”, que significa
“Ano de Nosso Senhor” ou com um “d.C.” (“depois de Cristo”). Acadêmicos que desejam usar o calendário Gregoriano sem essa atribuição sectária adotaram a prática de
usar “E.C.”, abreviação de “Era Comum”, em vez disso. Alguns usaram o equivalente em latim, que é “ev” (“era vulgaris”). Crowley estabeleceu a tradição de usar esta última forma ao se referir a datas Gregorianas em materiais Thelêmicos, e esta tradição foi mantida até os dias atuais.

As antigas línguas hebraica e grega não tinham um sistema separado de numerais; os números eram em vez disso significados pelo uso das letras de seus respectivos alfabetos, cada uma das quais tinha um valor numérico específico atribuído a ela. Portanto, um valor numérico pode ser derivado de qualquer palavra ou frase escrita em grego ou hebraico. O estudo desses valores numéricos e seus significados é denominado “gematria” para o hebraico e “isopsefia” para o grego. As palavras gregas Θελημα (Thelema – Vontade) e Αγαπη (Agape – Amor) ambas numeram para o número 93. Portanto, o número 93 serve como uma expressão concisa e simbólica dos princípios de Vontade (“Faze o que tu queres será o todo da Lei.”) e Amor (“Amor é a lei, amor sob a vontade.”). Crowley recomendou o uso de essas frases como saudações thelêmicas de cumprimento e despedida; thelemitas modernos frequentemente usam “93” como um equivalente mais curto e casual.